assédio 2...

voltando um pouco na história. quando sr josé me agarrou, eu comecei a me sentir tão mal, que parecia que eu tinha sido estuprada. eu era uma mulher muito bem resolvida, trabalhadora, feliz. morava com minha irmã numa casa que compramos, casa que eu adoro até hoje. 
aquele assédio foi tão marcante que me mudou a forma de pensar. eu já havia escrito meu livro, que era praticamente contando minha vida sexual com detalhes. 
mas daquele dia em diante eu realmente não tive mais o mesmo interesse em sexo. não me sinto a vontade. tinha vontade de morrer. mas sabia que era um exagero da minha cabeça, afinal, ele não fez nada além de me beijar a força. não me agrediu, não me ameaçou... mas eu não estava mais feliz.
comecei a conversar muito pela internet com pessoas desconhecidas, pra tentar me achar ainda bonita e atraente, fingindo nada ter acontecido, mas era impossível. então foi quando eu decidi que deveria me juntar com alguém que tivesse essa força de vontade de viver que eu já não tinha mais.
foi então que comecei a namorar um rapaz que eu tinha conhecido na escola, mas não tive contato com ele, nunca nem nos falamos, mas éramos da mesma turma. ele havia sofrido um acidente e ficado m-plético, ou seja ele não tinha controle do lado esquerdo do corpo, andava de cadeira de rodas e conseguia andar em pé usando muleta, ele tinha 1,92m de altura e eu 1,50m. ou seja, mesmo ele sentado da cadeira de rodas era mais alto do que eu. sinceramente foi um relacionamento onde vivi coisas muito boas, eu realmente amei aquele homem. ele era engraçado, tinha a família agradável, unida. a gente frequentava muito o clube onde ele era sócio e o shopping onde ele ia para caminhar pra treinar a musculatura. nem tudo eram flores. ele me contou que era bissexual. eu não liguei pra isso, a família dele nem imagina. os últimos relacionamentos dele eram com mulheres que só queriam o dinheiro da família dele e viver de dondocas sendo bancadas e tendo alguém pra pagar as contas e até filhos extras.
eu nunca fui mulher interesseira, nunca pensei em não trabalhar pra ficar em casa sendo bancada por alguém. quando começamos a namorar, eu tinha acabado de ser demitida. e estava fazendo um curso profissionalizante de cabeleireiros. chegamos a viajar pra Cancún no carnaval com a família dele em um grupo de dez pessoas. foi ótimo apesar dos pesares. eu acabei indo pra que a família não precisasse se preocupar com ele. com banho, com passeios, comidas, etc. eu virei babá lá. pra cuidar do meu namorado. não me importei. estava feliz. pensamos até em casamento. até data já tinha. foi então que ele começou a mostrar bem quem ele era. 
ele não se identificava com o corpo pós acidente, antes ele era atleta, corpo musculoso, bonito, chamava a atenção, tinha carro, apesar de morar com os pais tinha uma vida de muito conforto e independência.
ele contava que teve uma namorada de muitos anos, e que no dia do acidente, eles haviam brigado e ele saiu pra beber, foi pra uma boate, arranjou confusão e quando a família teve notícias ele estava em coma num hospital, parece que ficou em coma por 2 meses. as sequelas foram físicas, o olho teve problemas, o lado esquerdo paralisado, mas o raciocínio era o mesmo, a fala com dificuldades.
no meu ponto de vista o maior de todos os problemas é da família que o trata como um bebê, como se ele não tivesse capacidade de tomar nenhuma decisão, como se fosse incapaz de tudo. e pra não "desapontar" as pessoas da família, quando estão por perto ele se faz de "retardado" falando coisas sem importância e fingindo ser um bebê, já que a família quer assim.
ele é totalmente apaixonado por ele mesmo. ao ponto de ficar horas se apreciando em frente ao espelho, se alisando, se namorando. e eu como não estava mais naquele clima de vida sexual super ativa, nem dava conta dele, que vivia pronto pra transar a qualquer momento. o que mais me deixava chateada era quando eu descobria que ele tomava remédio para impotência, sabendo que ele não sofria deste problema. eu tinha realmente muita raiva quando ele tomava o viagra. me fazia me sentir um lixo, parecia que eu não era interessante, que ele precisava daquele comprimido pra ter ereção comigo. ou seja, mais uma vez meu desejo por sexo só diminuía. 
curiosidades a parte: ele era mais gay do que eu imaginava, várias vezes o peguei assistindo a filmes pornôs na internet, onde ele não via o contexto e nem prestava atenção nas mulheres, muito menos usava como forma de aprendizado. ele assistia pra ficar se masturbando olhando os pênis dos atores, na verdade as mulheres nos vídeos passavam despercebidas por ele. outra curiosidade é que eu nunca havia ouvido falar que algum homem comia seu próprio esperma. ele sim, comia e fazia questão disso. ele sentia muito prazer em lamber as mãos sujas depois de gozar se masturbando. ou até mesmo quando transávamos ele queria engolir. se ele tivesse como ele mesmo se chupar, com certeza ele ficaria pelo menos três horas do dia fazendo isso.
um dia ele queria tanto fazer sexo, mas eu não estava a fim, e ele quase me obrigou, quis me forçar e chegou a me bater, fui embora da casa dele e nunca mais voltei. ele não aceitava que eu não sentisse o mesmo tesão pelo corpo dele, que ele sentia. ele se achava irresistível.

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no próximo post vou falar sobre o namorado que veio depois

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